Estimado leitor do outro lado da
tela, dia 14 de fevereiro se celebra aqui na Espanha, e em diversas partes do
mundo o dia de São Valentim, o que equivaleria ao dia dos namorados no Brasil.
Então resolvi escrever essas breves
linhas sobre as etapas de desenvolvimento da história de amor nascido dessa
relação.
O amor humano é de pessoa a pessoa.
Sendo assim, o amor é como uma biografia viva, que se prolongará no matrimônio.
Por isso o processo no qual se contrai o matrimonio é um processo de
comunicação amorosa um ao outro que se vai dando ao largo da vida de ambos.
Primeiro se dá o encontro. Dá-se de
distintas maneiras... Por buscar alguém com alguma qualidade em especial, o que
é bastante infrequente. Ou o flechaço, onde a pessoa sofre um impacto da outra
não se sabe exatamente por que, por um cruzar de olhares, por estar juntos e
sentir algo distinto pelo outr@...
Logo se vai à fase do namoro. O
namoro, só existe se os dois querem, por tanto não é algo que se elege só. É
recíproco. A palavra enamorado expressa isso. Em amor dado, ou seja, é um dom
de si, dado e aceitado. É como um presente, não se pode dar se a outra parte
não o aceita. Ao mesmo tempo só posso dar porque é meu. Por isso, não é o
sacerdote que casa, nem os pais, senão os noivos, pois somente eles podem dar –
se, entregar – se um ao outro num compromisso de amor.
Escutei uma vez de um palestrante o
seguinte: o primeiro impulso dos enamorados é estar juntos, o segundo estar sós
(exclusividade) e o terceiro estar sempre juntos (eternizar a experiência que
estão sentindo), o quarto estar juntos dando o melhor de si (ser um bem objetivo
para o outro), quinto recrear o mundo (por isso dizem nosso banco, nossa
música). Em geral todos passam por isso.
Esses momentos vistos acima são um
convite a dar uma resposta prudente, desde um conhecimento mútuo, recíproco e
profundo. Se não é assim, poderão ficar na imaturidade e ficar a vida toda
estagnados, sem crecimento humano e espiritual para nenhum dos dois.
A resposta a esse convite é o
namoro. Passa – se do enamorar – se ao namoro, e é necessário um querer amar,
uma ação da nossa parte. E sobre esse querer amar se constrói a decisão de
casar – se. E assim se da uma fundação do matrimônio, marcando um antes e
depois na própria vida.
Logo vem o noivado, momento de
especial preparação e compromisso. E chega o momento de maior intensidade
comunicativa na história desse amor. Passarão de algo gratuito a algo devido,
pois se dá uma entrega em forma de compromisso mútuo. Seria como se dissessem: porque
eu te amo, quero (comprometo meu amor) amar – lhe. A partir desse momento serão
sempre esposo e esposa, porque o que deram, deram para sempre, consistindo um
novo modo de ser.
E o matrimônio antes que obrar
consiste em ser. Ou seja, o matrimônio não consiste no fato de viver juntos, ou
comportar – se de um ou outro modo. Essas são consequências. A vida matrimonial
é consequência do matrimônio. Viver o
matrimônio é realizar esse pacto, essa aliança de vida feita pelos dois, onde
se constituíram esposos.
Por tanto vivem juntos porque são
matrimônio, não por viver juntos são matrimônio. Casar – se é justamente, fundar
essa comunidade de amor, através dessa aliança (compromisso) onde os dois se comprometem
a entregar o amor que tem na saúde, na doença, na tristeza, na alegria, na
pobreza e na riqueza, todos os dias de sua vida.
“A maneira que o amor tem de permanecer
no tempo é a fidelidade” Bento XVI
Eduardo Henrique da Costa
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